Em um sonho... Já começando
desesperador, passava por uma inundação na qual estava no alto de um prédio e a
água consumia tudo, a água subia rápido... Quando olho para trás uma onda nos afogava.
Eu tentava me salvar e ao mesmo tempo salvar quem estava do meu lado, não sei
quem era as pessoas a primeiro instante, mas, as conhecia de alguma forma.
A
sensação que eu tinha?... Se imagine na praia, você cansado querendo sair da
água nadando desesperado e a água te puxando, ar quase acabando, as pernas
debilitadas, os braços sem força, de repente um silêncio as água se acalmam, e
você olha e pensa que está conseguindo e vem outra onda e te envolve fazendo
você girar em torno de si mesmo sem vontade e sem forças para parar, você abre os olhos e ver
as bolhas ao seu redor só água o sal na garganta e nada para se segurar e não
sabendo a hora que vai parar mais você quer que pare. Pois, era isso que
acontecia... Teve uma duração de uma hora.
Quando a água foi abaixando era
desesperador a situação que ficou, horrenda, tudo e todos viraram uma coisa
só... carros, prédios, mobilhas, brinquedos, roupas ou pedaços que sobraram de
tudo isso. Era uma montanha russa de escombros, algumas pessoas vivas mais
muito machucadas.
Subindo uma montanha de escombros
angustiado pois não achava meus familiares, vejo uma pessoa... ela... linda,
tudo parou, só ela se movimentava e lentamente ela passava por mim o sol
brilhava pra ela, óculos escuros, cabelos castanhos claros ao vento, um ar de sorriso
nos lábios, era como se nada tivesse acontecido, não nos olhamos nos olhos como
era de costume, aliais... ela não me olhou, imagine você andando pela rua, você
sem olhar sabe que existe alguém sentado no chão todo sujo na maioria das vezes
fedendo e ele não precisa estender as mãos, ele pede com o olhar e você ergue a
cabeça e passa, não se ver o rosto mais se sabe que existe alguém ali. Foi tão ruim
pois sempre que nos encontrávamos era uma troca de olhar continuo e duradouro
como se só tivesse aquilo para olhar, conversávamos por olhares nos amávamos
por olhares... um movimento do olhar era suficiente era imediato. Nos olhares fazíamos
planos, nos protegíamos, nos sentíamos, tinha-se cumplicidade.
Quando percebi que não tinha sido
visto, mesmo olhando em sua direção cai de joelho ao chão, perdi as forças das
pernas e sem querer e de forma involuntária surge algo escorrendo em meu rosto,
uma a uma descia e iam se encontrando com aquela destruição toda e mesmo com
toda umidade, elas se juntavam aos restos e sumiam e eu avia sumir, os
machucados que eu tinha não doíam tanto como aquela situação, não consegui me
levantar, realmente as forças naquele momento acabaram e as esperanças se foram.
O Mais
loco, é que ante de dormi com fones no ouvido escutava uma música Coldplay-Magic
que fala assim:
“Chame de mágica
Chame isso de verdade
Chamar isso de mágica
Quando estou com você
E eu me parto
Me parto em dois
Ainda chamo de mágica
Quando estou perto de você”.
E em uma sonolência com olhos entre
abertos vi, eu e ela de mãos dadas como se fosse num conto de fadas, rodávamos ao entorno
de nós mesmo e ao entorno do universo a nossa volta, era como se tivéssemos num lugar imenso
e escuro em um tom de azul e uma passagem clara sobre nossas cabeças e subíamos
em direção dela.
Um dia uma promessa... Sinto que
falhei... de alguma forma falhei ou falharam comigo? Não gosto de promessas não
cumpridas.
De certa forma conformo-me com o
acontecido, pois, tenho. O que fica no pensamento são lembranças, boas e ruins,
todas elas incomodam. E ainda iram machucar de alguma forma.
Não sei e que pensas mais faço
parte de seus pensamentos.
Wemerson Valim.